A Maconha como as outras drogas psicotrópicas agem nos nossos neurotransmissores.
Os neurotransmissores são substâncias químicas capazes de transmitir um sinal elétrico de um neurônio a outro. Assemelham-se a um eletrólito de bateria, o qual permite que a corrente elétrica circule pelas placas. Depois de retransmitir o sinal elétrico o neurotransmissor normalmente é reabsorvido, para não ficar estimulando indefinidamente os outros neurônios, permitindo que eles possam reagir rapidamente a novas exigências.
Os especialistas costumam dividir as drogas em dois tipos: leves e pesadas.Drogas leves são as que causam “dependência psíquica”, que significa o desejo irrefreável de consumir a droga. Drogas pesadas são aquelas que além da dependência psíquica causam também a física, ou seja, a sua falta acarreta uma síndrome de abstinência tão violenta, com sintomas físicos tão dolorosos, que o viciado procura desesperadamente pela droga a fim de aliviar a ânsia de consumo. Por essa razão, fumo e álcool podem ser considerados como drogas pesadas, apesar de serem socialmente aceitas.
No caso da maconha são os receptores canabinóides que são ativados por um neurotransmissor chamado anandamida. A anandamida pertence ao grupo das substâncias químicas chamadas de canabinóides. O THC também é uma substância deste grupo e copia as ações da anandamida, o que significa que o THC se liga aos receptores canabinóides ativando os neurônios, com efeitos adversos sobre o próprio cérebro e o restante do corpo.
Em nosso cérebro, existem grupos de receptores canabinóides concentrados em diferentes lugares. Estes receptores possuem efeitos em diversas atividades mentais e físicas, incluindo:
- memória de curto prazo
- coordenação
- aprendizado
- soluções de problemas
Efeitos no organismo
Ao chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os tecidos do organismo. As sensações experimentadas variam conforme a quantidade e teor THC e a via de introdução e absorção. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso da droga.
A seguir listamos alguns efeitos causados pelo uso da maconha:
A curto prazo, os efeitos comportamentais típicos são:
- período inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento e sonolência).
- risos espontâneos (risos e gritos imoderados como reação a um estímulo verbal qualquer).
- perda da definição de tempo e espaço: o tempo passa mais lentamente (um minuto pode parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que realmente são (um túnel de 10 metros de comprimento por exemplo pode parecer ter 50 ou 100 metros).
- coordenação motora diminuída: perda do equilíbrio e estabilidade postular.
- alteração da memória recente.
- falha nas funções intelectuais e cognitivas.
- maior fluxo de idéias
- pensamento mais rápido que a capacidade de falar,dificultando a comunicação oral, a concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
- idéias confusas.
- aumento da freqüência cardíaca (taquicardia).
- hiperemia das conjuntivas (olhos vermelhos).
- aumento do apetite (especialmente por doces) com secura na boca e garganta.
Doses mais altas de podem levar a:
- alucinações, ilusões e paranóias.
- pensamentos confusos e desorganizados.
- despersonalização.
- ansiedade e angústia que podem levar ao pânico.
- sensação de extremidades pesadas.
- medo da morte.
- incapacidade para o ato sexual (até impotência).
A longo prazo, a extensão dos danos, bem caracterizados,
- se restringem ao sistema pulmonar e cardiovascular.Maior risco de desenvolver câncer de pulmão.
- diminuição das defesas, facilitando infecções.
- dor de garganta e tosse crônica.
- aumenta os riscos de isquemia cardíaca.
- percepção do batimento cardíaco.
Observação:
A mulher que amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite materno.
Fica a dúvida
Será que nossos jovens precisam desse tipo de prazer?
O que estamos ensinando a eles sobre satisfação, auto realização e escolhas que alimentam a vida?