A acupuntura tem sido utilizada de forma eficaz para a dependência de drogas e alcool. como um complemento a outras abordagens de tratamento estabelecidas (CHO, WHANG, 2009). As crescentes evidências sugerem que diferentes subtipos de pacientes dependentes de álcool poderiam se beneficiar de diferentes tratamentos específicos. A medicina complementar pode oferecer uma melhor opção de tratamento personalizado de pacientes dependentes .
A possibilidade, ou o simples fato de que a acupuntura associada ao tratamento convencional diminui os sintomas para a dependência do álcool pode auxiliar na manutenção de um tratamento que necessita ser de longo prazo devido a evidência das altas taxas de recaida.
A utilização da acupuntura no tratamento das adicções proporciona a melhora dos sintomas de abstinência, redução da ansiedade e da nula ou eventual presença de efeitos colaterais.
A estimulação do sistema nervoso, induzindo a produção de mediadores químicos do organismo como hormônios e neurotransmissores confirma a eficácia da acupuntura para tratar o problema da dependência.
Outros fatores corroboram para que as técnicas de acupuntura sejam apropriadas para sanar problemas relacionados ao abuso de substâncias, entre elas podemos destacar: o baixo custo do método, quantidade significativa de pesquisas que apontam resultados positivos com o uso da acupuntura, a redução da ansiedade, o bem-estar físico e mental e o estabelecimento da harmonia do ser humano.
A acupuntura pode ajudar a aliviar os sintomas de abstinência de drogas por:
a) Normalizar a liberação de dopamina no sistema mesolímbico. Isso reduz o maior efeito estimulante das drogas de abuso e modifica comportamentos associados a vício, tais como aqueles em torno de desejo e recompensa. Vários sistemas neurotransmissores cerebrais como, por exemplo, a serotonina, opióides e GABA estão relacionados neste (LEE, 2009a; YANG, 2008; ZHAO, 2006).
b) Redução da ansiedade (SAMUELS, 2008). A acupuntura pode alterar a modulação química do cérebro (ZHOU, 2008) e aumentar as endorfinas (HAN, 2004) e os níveis de neuropeptídeo Y (LEE, 2009b; CHENG, 2009);
c) Modula a atividade pós-sináptica neuronal no núcleo accumbens e no estriado para reduzir a dependência (CHAE, 2004) e aumenta o fator de liberação corticotrófico para atenuar o comportamento de ansiedade após a retirada (CHAE, 2008).