Com conteúdos criados por Maurício de Sousa, Ambev faz campanha contra consumo de álcool por crianças
A gigante das bebidas Ambev vai usar a Turma da Mônica para falar sobre a idade certa para o consumo de bebidas alcoólicas. Uma cartilha de 46 páginas, vídeos e tirinhas criadas por Maurício de Sousa fazem parte do projeto Papo em Família, que tem o objetivo de conscientizar pais e filhos sobre a idade correta para consumir bebidas com álcool.
Em conteúdos estrelados por personagens famosos, como Cebolinha e Cascão, a empresa tenta incentivar o diálogo sobre o assunto, segundo o diretor de comunicação da Ambev, Alexandre Loures. De acordo com o executivo, a empresa não tem interesse na venda para pessoas fora do público-alvo de seu produto: os adultos. “Queremos o público de mais de 18 anos, que tem o discernimento para consumir a bebida alcoólica da maneira mais adequada.”
A motivação da campanha foi uma pesquisa do instituto americano Internacional Center for Alcohol Policies (Icap) que revela que o primeiro contato com a bebida alcoólica ocorre dentro de casa, com incentivo dos pais, em 46% das famílias. Levantamentos internos da Ambev mostram, porém, que ainda é raro o diálogo sobre o tema entre pais e filhos.
Para todos. Para que o conteúdo se dissemine, a gigante das bebidas – dona de marcas de cerveja como Skol, Antarctica, Brahma e Budweiser – criou um site específico onde os vídeos e tiras estarão disponíveis (www.ambev.com.br/papoemfamilia) e também distribuíra materiais a organizações não-governamentais que fazem parte do projeto Jovens de Responsa, patrocinado pela companhia. O objetivo da multinacional é que cerca de 5 milhões de pessoas tenham contato com os materiais.
Dentro do conceito do Jovens de Responsa, que existe desde 2010, a empresa também criou dois projetos que têm a meta de reduzir a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos em bares e supermercados. Cerca de 100 mil profissionais de bares já foram treinados dentro do programa, de acordo com a Ambev, para identificar menores de idade.
Nos supermercados, foi criado um sistema em que o caixa trava e o operador é obrigado a pedir a identidade do comprador antes de prosseguir seu trabalho.
Fonte: O Estado de S. Paulo