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Álcool e esporte combinam? Para os organizadores de uma corrida, parece que sim

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A Revista Rolling Stone Brasil realizará no sábado, dia 1º de novembro, a 2ª Edição da Corrida Noturna mais Rock and Roll de São Paulo, a ROLLING STONE MUSIC & RUN – SP.  Por trás do evento esportivo, assim como na Copa Mundial de Futebol, infelizmente, a indústria cervejeira usa a bebida alcoólica como se fosse um produto recomendado para atletas.

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A estratégia vem sendo usada há muito tempo e está direcionada ao público jovem, um cliente em potencial, um consumidor que ainda não formou sua opinião, e mais grave, tem se mostrado um bebedor abusivo, com os mais diversos impactos. Para a corrida e caminhada de 5km e 10km da Rolling Stone, que passará pelo Minhocão e pela Avenida Pacaembú, estão programados após o término, dois shows de rock. Junto com as atrações musicais, os inscritos terão acesso a “open bar” de cerveja premium Karavelle dentro da Arena Rolling Stone. Segundo os organizadores, a proposta é unir a atitude da música com a força do esporte em uma única opção: com muita cerveja.

Como atletas que praticam esportes e correm uma maratona, podem consumir bebida alcoólica? Será que é possível desenvolver um condicionamento físico e mental associado ao consumo “moderado” de bebida alcoólica? A Ciência diz que não. Mesmo em quantidades moderadas o etanol promove alterações nos diversos sistemas, desde o nervoso até o osteo-muscular, entre outros.

É preciso refletir sobre como a indústria de bebidas alcoólicas tem criado projetos de marketing com propagandas muito bem formuladas para atingir o público adolescente e até crianças. Quanto mais cedo o ato de beber entrar no imaginário coletivo infantil e adolescente, melhor. Fidelizar é a bola da vez da indústria e seus grupos de interesse. E proibir a propaganda é a nossa!

Pense bem.

Ana Cecília Marques

Presidente da ABEAD